Ontem Alvalade esteve praticamente cheio, uma assistência a juntar á média desta temporada que, de acordo com as contas feitas, foi das maiores desde a inauguração do Alvalade XXI em 2003.
Com muita vontade e uma atitude dominadora, a equipa do nosso treinador Ricardo Sá Pinto rapidamente encostou o adversário ao canto e este dificilmente dali conseguiu sair. As oportunidades iam surgindo da parte do nosso ataque mas quer um atento Quim como uma defesa bracarense assertiva foram adiando o golo inaugural.
O golo acabou por surgir aos 34 minutos quando num ressalto, a bola sobrou para Wolfswinkel que, sem contemplações, fez o primeiro da partida. Um golo não muito bonito, mas merecido e que só pecava por tardio face ao caudal ofensivo que vínhamos tomando.
O intervalo em nada mudou o curso da partida. Quim continuava a ser um dos jogadores mais interventivos, principalmente pelos múltiplos cruzamentos venenosos que travou junto da sua área.
Leonardo Jardim decidiu que era preciso fazer algo e corrigiu uma opção inicial que havia tomado. Aos 55 minutos, Imorou saiu para entrar Hélder Barbosa. E o português fez, dois minutos depois aquilo, que nenhum dos seus colegas tinha conseguido, também por um ressalto e um pouco de sorte á mistura.
Pouco depois, Schaars efectuou um bom trabalho na ala direita e rematou para defesa de Quim. Wolfswinkel estava no sítio certo, como se pede a um ponta de lança, para encostar para o segundo golo dos leões.
Nos minutos seguintes foi tempo de surgir um maior protagonista: Quim. Com o selecionador Paulo Bento na bancada, o guarda-redes mostrou serviço e com três grandes defesas evitou o golo a Wolfswinkel, por duas vezes, e a Insúa.
Mas aos 84 minutos, o guardião não conseguiu parar novo remate do holandês Wolfswinkel que rematou cruzado, a bola ainda ressaltou num defesa, e acabou no fundo das redes. O resultado subia para 3-1.
Hattrick do Holandês que acabara por cumprir a sua promessa (VER POST ANTERIOR)
Engana-se quem pensasse que o jogo estava arrumado. Houve tempo ainda para Lima deixar a sua marca de penalti, que na minha óptica foi completamente forçado, mas em nada alterou o resultado final, felizmente... (3-2).
Os minutos finais foram intensos, contudo não se assistiu a mais golos. Nota para a saída de Rui Patrício já perto do apito final por troca com Tiago, que ao que indica, acabou a sua carreira como Guarda-Redes, e acabou no clube do seu coração, o clube que tudo lhe deu.
Assim deveria ter acabado Luís Figo e assim deveria acabar Cristiano Ronaldo, Nani e Quaresma, mas isso será outra história...
Rui Patrício no final do jogo deu uma volta ao relvado a aplaudir os adeptos, como se de uma despedida se tratasse e está aqui lançado o primeiro capítulo de uma novela a que todos vamos assistir até ao início da próxima época.
Tal como disse, mostrámos ao Braga que temos argumentos para quem ir á Liga dos Campeões somos nós, apenas não conseguimos lá chegar devido ao controle das arbitragens na liga mais corrupta da Europa...
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